segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Amsterdam - parte 1

Finalmente fui à Amsterdam! Depois de quase 2 meses morando aqui, consegui ir lá. E sinto que realmente devia ter ido antes. Encontrei um amigo da UFRGS, grande Machado, e ficamos sábado e domingo lá. Muito legal a cidade!

A impressão que eu tinha de lá (e acho que a maioria das pessoas têm) é que uma cidade onde "tudo é liberado" e só há pessoas "alternativas" lá. Por incrível que pareça, eu achei, neste curto intervalo que estive por lá, a cidade muito mais careta do que o senso comum diz.

Vi muitas coisas legais lá e vou colocar em mais de um post, senão vai ficar muito longo.

Vou direto ao dois pontos "mais famosos" da cidade: Coffee shops e Red Light District. Os coffee shops são os bares onde pode se comprar e fumar maconha. A foto abaixo mostra o coffee-shop The Bulldog, o mais antigo da cidade.


A impressão que eu tinha é que seria meio desorganizado e descontrolado as coisas lá, mas eis o que vi:
  • São muito organizados! E profissionais. As pessoas podem ir fumar lá e comprar (máximo 5g por pessoa). É um bar como qualquer outro, só que não podem vender bebidas alcóolicas nem fazer propagandas (para as pessoas não misturarem e nem sentirem incentivadas, respectivamente).
  • Não se pode fumar maconha nas ruas (apesar de vários fazerem isso). Não se pode nem beber nas ruas (só nos bares e/ou em casa!)
  • Não é um reduto de drogados, traficante sujos e perigosos. É um lugar organizado, cheio de turistas como um bar qualquer. Ah, antes que perguntem, não fumei :-)
  • Ao contrário do que se pensava inicialmente, a liberação do consumo moderado e restrito de maconha não levou ao um aumento no número de usuários na cidade, segundo o guia que comprei, da Lonely Planet.
  • Pobre de quem compra isso aqui: 12 euros a grama, em média (eu vi o "menu" lá eheh). O cigarro comum custa 4 euros a carteira. Se o cara começa a fumar aqui ele automaticamente cai de classe social :-)
Em relação ao Red Light District, esta é uma zona na cidade onde há prostituas trabalhando e bares normais e restaurantes normais e turistas. Simplesmente no meio do caminho você vê uma porta de vidro , uma espécie de cabine com luz vermelha onde elas estão lá, de calcinha e sutiã. Nada de "apavorante". Qualquer um que já foi numa praia já viu mais do que se vê lá. Diferentemente do resto do mundo, o governo holandês resolveu tratar elas como qualquer classe profissional, ao invés de as deixarem a mercê do mundo do crime. Elas são organizadas, tem sindicatos e se qualquer cliente ameaçar elas, elas tem um botão de emergência em suas cabines para chamar a polícia, que vem imediatamente. Evidentemente não se pode tirar fotos dela -- você pode inclusive perder sua câmera se um policial ver. De qualquer forma, uma boa vasculhada no Google e você vê como é , por exemplo, nesta foto. Para provar que é normal, vai a foto abaixo. O Red Light é divido por um canal, típico de lá.



Em suma, a impressão que eu tive ( e conversando com amigos e amigas que já foram lá) é que não é chocante. É um lugar seguro, organizado, cheio de turistas onde as pessoas trabalham normalmente. No próximo post, as outras atrações turísticas de Amsterdam :)